quinta-feira
17 de janeiro
1991
Em 16 de janeiro de 1991 tropas da Coalizão, lideradas pelos Estados Unidos com a presença de 32 países, bombardearam o Iraque e áreas ao seu redor com o objetivo de retirar tropas iraquianas do Kuwait, que fora invadido a força por seu vizinho meses antes para exploração de petróleo. Após a ofensiva aérea, teve início a ofensiva terrestre, conhecida como “Operação Tempestade do Deserto”, que derrotou as tropas iraquianas e as retirou do pequeno país no Oriente Médio.
No dia seguinte, o ataque foi o principal assunto dos jornais ao redor do mundo. No Brasil, os principais jornais trouxeram a notícia como manchete. O Estado de S.Paulo escreveu apenas “Guerra” em letras maiúsculas e enormes, ocupando boa parte da página. O Globo trouxe “Chuva de bombas sobre o Iraque”, e a Folha de S.Paulo “Começa a Guerra!”. Um dos maiores jornais dos EUA, o The New York Times, escreveu: “EUA e aliados começam guerra aérea no Iraque; bombardeiam os alvos Bagdá e Kuwait; ‘sem escolha somente a força’, declara Bush”.
O Estadão deu total destaque ao início da guerra, com o título e uma fotografia de um avião de guerra ocupando boa parte da primeira página. Folha e O Globo deram grande importância ao evento, trazendo também seu impacto para o Brasil, com uma reunião de emergência do governo Collor sendo feita para discutir o aumento dos combustíveis devido a guerra. O NYT dá, além do bombardeio, alguns desdobramentos e opinião sobre o assunto.
Um ponto em comum entre três dos quatro jornais analisados foi a escolha de colocar uma foto de um mapa, como forma de ilustrar a área envolvida no ataque, por parte do O Globo, Folha e NYT. Por ter decidido por um título e uma foto ocupando boa parte da página, o Estadão ficou de fora dessa tendência.
Créditos:
Texto: Camila Sacramento
Edição: Ayam Fonseca
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